Branding é um conjunto de ações que determinam o melhor posicionamento, propósito e valores de uma marca para despertar sensações e criar conexões com os clientes. É esse trabalho que diferencia um chinelo comum de uma Havaianas, por exemplo. Quando é bem trabalhado, ele faz o cliente optar por determinado produto na hora da compra por se identificar com a marca.
Uma marca precisa se comunicar com o consumidor, falar sua língua. O branding, basicamente, tem essa tarefa. Pense nos produtos que você compra, por exemplo. Você escolhe uma marca porque se identifica com seus valores e causas que apoia e, por isso, opta sempre por comprar itens dela.
Mesmo quem compra uma peça pela primeira vez é atraído de alguma forma pelo branding. Seja pela embalagem, por frases otimistas, causas nas quais é engajada ou apenas por já ter visto essa marca em algum lugar.
Tudo isso é branding, sabia?
Você pode nem gostar de surf, mas, ao ver a marca Mormaii, imediatamente pensa em ondas, praia e liberdade, não é?
Outro exemplo de branding é a Ferrari. Ao ver o logo da marca, a mensagem transmitida é de luxo, requinte, potência e velocidade. Mesmo quem não é cliente da marca associa esse símbolo a esses significados.
Branding para pequenas empresas
Ok, reconheço essas marcas, mas tenho uma pequena empresa. Preciso de branding?
A resposta para essa pergunta é que todas as empresas precisam de branding, independentemente do seu tamanho. Até aquelas empresas das quais já sabemos a musiquinha ou o slogan começaram pequenas, não é mesmo?
Então, quem possui uma pequena ou média empresa deve se preocupar com branding, sim. Com esse trabalho, ao longo do tempo, o público saberá quem você é, as causas que defende, o que se deve esperar dos seus produtos ou serviços e quais são seus valores.
Lembre-se: em um mercado tão grande e saturado como o que vivemos hoje, as pessoas já não compram mais o seu produto por precisarem do produto – afinal, existem muitas outras empresas que oferecem a mesma coisa, certo? Elas escolhem você ou o seu concorrente pelos seus valores, causas e ideais.
Como posso usar o branding para que minha empresa cresça?
Nenhuma ação tomada pelas empresas é feita de maneira impulsiva, sem pensar nas consequências. Tudo é calculado.
Quando uma marca apoia causas como feminismo, combate ao racismo, proteção ao meio ambiente ou qualquer outro tema, existe uma estratégia por trás disso com o objetivo de conectar o público-alvo com seus valores.
Um exemplo é a Natura, que se preocupa em ter maquiagens para todos os tons de pele. Com isso, ela passa a mensagem de que se importa com a inclusão racial e compreende as diferenças.
O que dizer, então, da Netflix ou do Burger King, que respondem de maneira super divertida e bem-humorada os comentários de seus seguidores nas redes sociais? Você pode até não consumir um serviço ou produto dessas marcas, mas, certamente, se identifica com a sua forma de comunicar, que atinge em cheio o público-alvo.
Alguns motivos para investir em branding são:
Mais reconhecimento para a sua marca
Esse é um dos principais motivos para investir numa estratégia de branding consistente, pois gera reconhecimento de marca ao se comunicar com seus potenciais clientes. Indica quais produtos oferece e de que forma os oferece (serviço personalizado, só online, só presencial, mais rápido do que os concorrentes), qual é o seu posicionamento (uma empresa descolada, tradicional, de nicho) e, assim, se torna conhecida entre seus potenciais consumidores.
Aumenta seu valor de mercado
Uma empresa que está bem estabelecida no segmento em que atua pode cobrar mais caro por seus produtos e serviços sem perder clientes por isso. Você provavelmente já pagou mais caro por um item porque gosta da marca e sabe que o produto é de qualidade superior.
Pode ser, ainda, que você tenha escolhido um serviço mais caro pela experiência que a marca te ofereceu ou pela credibilidade que passa ou pela causa que apoia.
Traz novos clientes
Quando seu cliente adquirir o produto que você oferece pela primeira vez, ele levará em conta as referências que ele tem sobre a sua empresa. Se forem boas, você certamente estará entre as primeiras (ou única!) marcas consideradas. Mas, se forem ruins ou nulas, seu concorrente acabou de ganhar mais um cliente.
Seus funcionários ficam satisfeitos e orgulhosos
Os colaboradores de uma empresa são potencialmente os maiores formadores de opinião sobre o seu produto ou serviço. Se eles acreditam nos valores da sua empresa e na qualidade dos produtos/serviços oferecidos, certamente serão excelentes promotores da sua marca.
Funcionários felizes e satisfeitos se sentem mais motivados a trabalharem em prol do crescimento da empresa porque se sentem parte dela e acreditam no potencial da marca. É uma relação ganha-ganha.
Passa a mensagem certa para o público certo
Não adianta fazer uma comunicação formal se o seu público-alvo busca por uma empresa mais descontraída. E também não adianta querer ser descolado nas redes sociais se o seu público busca por empresas sérias e tradicionais.
Um exemplo é o Nubank, que, em um mercado de bancos e cartões, marcado por burocracias, conseguiu se posicionar como um cartão de crédito simples e sem taxas.
Qual é a diferença entre Branding e Design
Entender a diferença entre Branding e Design é fundamental para entender do que uma empresa realmente precisa. Ainda: é preciso entender que não é porque uma marca faz um trabalho incrível de design que está fazendo branding da melhor forma. O mesmo vale para o contrário.
Ambas as ações estão interligadas e, por isso, clientes podem se confundir com os conceitos. Veja, a seguir, a diferença entre elas e veja como identificar do que a sua empresa necessita neste momento.
Branding, como o nome diz, refere-se à marca (brand) de forma abrangente, ou seja: ele engloba a criação da marca, trabalhando seu conceito interno e percepção do público em relação a ela.
Algumas empresas necessitam de um trabalho de branding 360. Essa estratégia engloba todas as manifestações da marca e é mais abrangente.
Design é a concepção visual da marca, produto ou conceito. O profissional que cuida dessa parte é o designer, que dá forma física e funcional a uma ideia ou conceito de marca.
O trabalho de design envolve a criação de logos, imagens de divulgação, diagramação de materiais e outras formas de expressar visualmente a identidade da empresa já estabelecida pelo branding.
Para se ter uma ideia da importância do design, uma pesquisa realizada na Universidade de Missouri de Ciência e Tecnologia indica que, em média, uma pessoa leva apenas 2,6 segundos para se concentrar em um elemento específico de uma página web quando ela é carregada. A partir daí, ela rapidamente forma uma opinião com base no que viu.
Por isso, é fundamental você capturar o seu potencial cliente logo de primeira. Caso contrário, a chance de perdê-lo é grande.
De forma resumida, Branding e Design se diferem da seguinte maneira:
- A conceituação da marca (Branding) é um processo que envolve a criação da personalidade da marca. Pense em uma pessoa: do que ela gosta? No que ela acredita? Como ela se comporta? Como ela se veste? Que tipo de música combina com ela? O branding é a estratégia que define todas essas questões em relação a uma marca de acordo com os objetivos e público-alvo dela.
O Design representa a expressão visual de todas essas informações, dando forma, cor e tamanho a todos os conceitos estabelecidos pelo Branding.
Dado que ambos os conceitos se complementam, é fundamental integrar os dois para ter o melhor resultado para a marca, fazendo com que ela seja percebida e admirada pelo cliente.
Um exemplo de integração é a marca de calçados Havaianas.
Se antes seus chinelos eram considerados um item voltado às classes C e D, depois de um processo de rebranding, ela se tornou algo desejado também por pessoas com um poder aquisitivo mais elevado.
O trabalho das equipes de Design foi criar produtos com desenhos mais simplificados e elegantes, com detalhes nas tradicionais tiras de borracha, antes confeccionadas apenas na cor azul claro.
Com esse processo – que levou anos – a marca conseguiu se reposicionar e, atualmente, é a favorita de celebridades e das classes mais altas, com itens refinados, personalizados e que atendem aos mais variados gostos.
Embora se confundam, Branding e Design são estratégias que precisam ser bem avaliadas pelas marcas, afinal, são elas que aproximam o negócio do cliente e apresentam seu produto ou serviço a ele.
Como saber se sua estratégia de branding deu certo?
É preciso identificar metodologias e métricas para saber se sua estratégia de branding é a certa. Se você investiu em um trabalho de branding 360 ou está mudando a cara dos negócios aos poucos, precisa mensurar o resultado das ações.
Uma das formas de saber se sua estratégia de branding deu certo é utilizando a metodologia See-Think-Do-Care (Ver-Pensar-Fazer-Cuidar).
Ela afirma que existem quatro nichos diferentes de audiência e é tarefa das empresas e seus setores de Marketing garantir que todos estão cobertos em suas necessidades.
Basicamente, os quatro diferentes nichos de audiência são:
See – Audiência qualificada (está vendo a sua marca)
Think – Audiência qualificada com algum interesse comercial (está pensando sobre a sua marca)
Do – Audiência qualificada com muito interesse comercial (já iniciou um processo de compra ou está muito perto de fazer isso)
Care – Clientes atuais, com transações comerciais
Para mensurar seus resultados de branding, primeiramente, é importante definir seu maior público-alvo qualificado, levando em consideração a intenção, em vez apenas de idade, renda, educação, etc. É importante ser bastante específico nesse momento.
Quer um exemplo de como fazer isso? Vamos tomar como exemplo a empresa fictícia XY, que comercializa produtos alimentícios saudáveis:
See – pessoas com hábitos saudáveis e que prezam por qualidade de vida
Think – pessoas com hábitos saudáveis e que prezam por qualidade de vida, que querem adotar as melhores escolhas nutricionais
Do – pessoas com hábitos saudáveis e que prezam por qualidade de vida, que querem adotar as melhores escolhas nutricionais e que estão no último estágio de compra
Care – pessoas que já compraram muitos produtos da marca
No momento de analisar o nicho “See”, por exemplo, que não estreita muito o perfil de consumidor, que tipo de ações seriam eficientes para conquistar esse cliente? Como oferecer o conteúdo que ele busca?
Na hora de responder a essas perguntas, tente ter uma visão não isolada do que é necessário para ter sucesso. Pode-se falar sobre Conteúdo, Marketing e Métricas de forma integrada.
A dica, aqui, é investir em dados. Com a análise correta dos resultados, percepção do público e ações, é possível priorizar investimentos nas áreas certas e corrigir eventuais falhas.
O segredo é criar um ótimo conteúdo, atendendo à intenção do público dividido nesses quatro nichos, depois investir em marketing para encontrar seu maior público qualificado e, ao longo do caminho, executar a estratégia de medição digital.
Basicamente, o framework para mensurar seus resultados em estratégias de branding para cada um dos nichos apresentados é este:
– See: porcentagem de interações em plataformas e propagandas, conversações, amplificações, aumento do reconhecimento da marca e porcentagem de novas visitas
– Think: taxa de cliques, valor agregado por visita
– Do: fidelidade do visitante, taxa de abandono, de conversão e relação entre gasto com propaganda e performance
– Care: compras repetidas, alta possibilidade de recomendar a marca e valor de ciclo de vida do consumidor
Com a estrutura de negócios See-Think-Do-Care, mais áreas dentro da sua empresa, não só o marketing, integram-se para atingir os resultados esperados.
Branding é algo cada vez mais importante para as empresas e não pode ser deixado de lado. A Agência LINA tem experiência nisso e pode te ajudar a se comunicar melhor com seu público-alvo. Conheça o nosso trabalho!