Você provavelmente já ouviu comentários em alguma rede social sobre o termo “cringe”. Muitas pessoas ficaram se perguntando o que é isso e por que ganhou tanta relevância, mas, basicamente, trata-se da diferença entre as gerações Y (Millennial) e Z (Centennials).
Mas como será que a palavra da moda influencia as estratégias de marcas e até seu design?
Hoje em dia, a galera da geração Z (nascidos a partir da segunda metade da década de 1990), acha tudo cringe. Tomar café da manhã é cringe, ir à Disney é cringe e mais um monte de coisas aparentemente está ultrapassada. Esse perfil de consumidor, que tem gostos e necessidades específicos, precisa ser trabalhado, mas qual é a melhor forma de se fazer isso?
O que é cringe e como o termo afeta as marcas?
A origem do termo “cringe” é o verbo em inglês “to cringe”, que, em português equivale ao sentimento de embaraço ou “vergonha alheia”. Sabe aquele famoso “mico”? É tipo isso…
O surgimento da palavra cringe no vocabulário dos jovens brasileiros mostra o distanciamento entre os hábitos, costumes e gostos da Geração Y (nascida a partir dos anos 1980) e Z.
Enquanto as pessoas da geração Z negam alguns hábitos dos Millennials, é preciso que as marcas respeitem essas diferenças para estabelecerem conexões reais com seus potenciais clientes.
No momento de pensar na abordagem com a geração Z, é importante considerar que eles são recém-chegados ao mercado de trabalho. Além disso, eles nasceram em um contexto em que a internet já estava presente em boa parte dos lares brasileiros. Seu desafio principal, hoje, é a formação profissional e a busca por oportunidades de trabalho, principalmente após a pandemia da Covid-19.
Para entender como a turma que acha tudo cringe pode ser abordada pelas marcas, com seus materiais e design, é importante conhecer os cenários que estes jovens enfrentam.
Olha só a relação deles com a sociedade:
Mercado de trabalho: a Geração Z procura flexibilidade no trabalho. Por isso, é conquistada por marcas que saibam como alinhar as expectativas pessoais com as profissionais.
A geração Z incorpora o famoso Propósito, trazido pela Y. Portanto, para conquistar esse grupo de jovens, uma marca deve ter um propósito claro, verdadeiro e que esteja alinhado aos seus valores.
Redes Sociais: nota-se uma fuga desses jovens de redes como Facebook. Sua presença maior está no Twitter, no Instagram ou no TikTok. Eles são mais atraídos por vídeos curtos e conteúdo dinâmico.
Um exemplo de marca que vem procurando se adequar a esse novo contexto da “Era Cringe” é a Nescau, que mira o público mais jovem. Prova disso foi seu último processo seletivo para Gerente de Marketing, realizado via TikTok.
Causas: os nativos da Geração Z são engajados em causas sociais diversas, incluindo questões de gênero, trabalho, equidade e meio ambiente. Eles fogem de padrões inatingíveis de comportamento ou estética.
Uma pesquisa conduzida pelo Spotify, em 2020, indica que 68% dos jovens esperavam que as marcas se engajassem genuinamente em uma causa maior e tomassem mais responsabilidade social. Três a cada quatro pesquisados disseram que as causas sociais são importantes para suas vidas.
Relacionamento com as marcas: os centennials querem se relacionar com marcas que tenham um propósito e um discurso muito claro. Por isso, quem pretende atingir essa geração que utiliza o termo “cringe” precisa usar o humor, além de uma abordagem mais humanizada.
A geração Z também quer ter controle sobre as mensagens que são oferecidas a ela, o que representa um grande desafio para as marcas. Caso isso não aconteça, esses jovens podem reagir com bloqueios, encerramentos ou até mesmo boicotes às marcas e seus produtos.
Varejo: os ambientes devem ser instrangramáveis. Eles precisam servir de cenários para fotos, permitindo que os jovens da Geração Z se divirtam e postem nas redes sociais. Investir em decorações diferenciadas é uma forma de atrair esse público.
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Exemplos de como as marcas usam o termo “cringe” em suas estratégias
A Coca-Cola e a Apple são dois nomes bastante relacionados a esse público jovem. Eles se identificam claramente com a geração e um exemplo é o patrocínio a eventos, especialmente os de música – cada vez mais buscado por esse público.
Exemplos reais de como as marcas usaram o termo cringe em suas estratégias de marketing são:
Ponto Frio
Globoplay
Americanas
Entender o comportamento desses jovens e como o termo cringe afeta o posicionamento das marcas é essencial para atingir o seu público-alvo e conquistar clientes fiéis.
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