Muitas vezes, o trabalho de um designer é relacionado apenas à criação de logos, artes para redes sociais ou um site bonito, mas a verdade é que este profissional pode ajudar muito mais a sua empresa do que você imagina.
O designer é um estrategista, que avalia diversos aspectos da sua marca e traduz isso em materiais, utilizando as cores e elementos certos. Se você acha que um profissional do design é alguém que vai juntar uma cor a outra no Photoshop ou fazer um post para o seu Instagram, é importante saber que ele pode ser muito mais útil e importante para a sua organização.
Uma empresa que compreende a importância do designer extrai muito mais benefícios do seu trabalho e valoriza sua marca, posicionando-a na posição ideal no segmento em que atua.
A seguir, entenda melhor o trabalho do designer e as 5 coisas que ele pode fazer pela sua empresa (que você provavelmente não sabia!):
1. Posicionar a sua marca para o público certo
O posicionamento de marca é uma estratégia de branding, com foco em conquistar um espaço na mente do consumidor. Sabe quando você vê um material de divulgação da Coca-Cola e pensa em felicidade e bons momentos? Ou, então, quando vê uma Havaianas e já associa a marca a praia, relaxamento e tranquilidade?
Quando o consumidor identifica valores em comum com a sua marca, ele tem muito mais chances de comprar seus produtos ou serviços. Uma das atribuições do designer é avaliar a melhor forma de se comunicar com o seu cliente, identificando a abordagem ideal para entregar seus valores ao seu potencial consumidor e, assim,fortalecer o posicionamento da sua marca.
Alguns pontos que o designer avalia antes de estabelecer o melhor posicionamento são:
– Quem são as suas buyer personas (quem consome o seu produto ou contrata o seu serviço);
– Que problemas dessas buyer personas o seu produto ou serviço resolve;
– Quais ganhos o seu produto oferece;
– Quais são os atributos da sua marca;
– Por que escolher a sua marca e não o concorrente? Quais são os seus diferenciais;
– Como você quer que a sua marca seja percebida pelo público?
Quer um exemplo de marca bem posicionada e que conversa com seu público da melhor forma? O Burger King é mestre nisso. O brasileiro adora uma piada e a marca sabe disso, então, sempre faz a famosa zoeira em seus materiais.
Um exemplo recente foi quando, diante da pandemia em 2020, promoveu uma campanha de Natal em pleno julho. A antecipação do Natal foi levada tão a sério que as lojas foram decoradas como no fim do ano, com direito a promoções natalinas.
2. Deixar claros valores, personalidade e tom de voz da empresa
Além de identificar as personas e seus gostos, necessidades e motivações de compra, o designer também é responsável por traduzir tudo isso em materiais que transmitam claramente os valores, personalidade e tom de voz da marca.
Comunicar bem com seu público é um dos segredos para ser acessível a ele e fazer com que essa sintonia gere negócio.
Um exemplo de boa comunicação, com trabalho bem feito pela equipe de designers, é o Nubank, que desmistificou aquela máxima de bancos cheios de burocracia, contratos longos e chamadas telefônicas intermináveis.
Ao apresentar um banco jovem, flexível e com taxas acessíveis, ele abocanhou boa parte dos jovens, que se sentem representados pela marca, inclusive nas redes sociais.
Em seu tom de voz, a marca é moderna, descolada, sem, no entanto, deixar de passar seriedade e credibilidade no que diz respeito ao trabalho do banco digital. Em seus materiais de divulgação, se envolve em causas e levanta bandeiras também.
Um momento bem legal do Nubank foi quando um cliente entrou em contato com a empresa para reclamar que a compra de um sanduíche havia sido cobrada em duplicidade.
Depois de cancelar a cobrança duplicada, o atendente percebeu uma oportunidade e enviou para o cliente uma sanduicheira roxa, a cor do Nubank, com diversas receitas escritas à mão, “para que ele não tivesse mais que pagar caro por um sanduíche”.
O resultado foi um sucesso absoluto e, depois disso, a marca tornou- se conhecida por fazer várias ações do tipo. Tudo isso foi graças à identificação de tom de voz e personalidade da marca, feitos por designers em parceria com o time de marketing.
3. Orientar na definição da personalidade e tom de voz da empresa
Com base na avaliação do seu público e objetivos da marca, o designer orienta na definição da personalidade e tom de voz que sua empresa utilizará nos materiais de divulgação.
Como dissemos na dica anterior, sem uma personalidade bem definida e um posicionamento alinhado ao seu público-alvo, provavelmente suas ações não terão o efeito esperado.
Pense nas vezes em que você adquiriu um produto pela primeira vez: o que te fez escolher aquela marca? A indicação de alguém em quem você confia? A embalagem? Já ter visto a marca em outros lugares e confiar nela mesmo sem nunca a ter consumido?
Quando você é “fisgado” por uma marca, saiba que existe todo um trabalho por trás disso, definindo o posicionamento ideal da empresa para se comunicar com pessoas como você.
A criação da estratégia de branding – outra atribuição compartilhada entre marketing e design – garante que uma marca se conecte ainda mais com o público-alvo, defendendo valores com os quais se identificam.
E isso vale para muitas coisas. Exemplos são orgulho gay, feminismo, racismo, proteção ao meio ambiente e outros tantos temas.
O Boticário, por exemplo, abraçou de vez as causas ambientais e aplicou várias diretrizes neste sentido em sua comunicação. Recentemente, inaugurou até uma pop-up store no Parque do Ibirapuera, feita totalmente com materiais reciclados.
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4. Traduzir as mensagens da marca em materiais visuais
Não basta você saber onde quer chegar e qual é seu público-alvo; é preciso traduzir esses valores e objetivos em materiais que serão utilizados na divulgação da sua marca.
A partir de todo esse processo de estudo que já indicamos nos itens anteriores, o designer passa para a confecção dos materiais visuais.
Isso inclui peças para redes sociais, banners, flyers, site, anúncio, peças para ponto de venda e qualquer outro material que seja utilizado para divulgar o seu negócio e falar com o consumidor.
Para criar todos esses materiais, o designer precisa definir, antes, alguns pontos essenciais para a sua marca. São eles:
- Logo: deve estar condizente com a mensagem que a sua empresa quer passar para os consumidores;
- Paleta Cromática (Cores): criada com base em um estudo de cores e formas que representam os valores da sua marca. Aqui, vale a pena se questionar sobre qual é o sentimento que você quer despertar no seu público;
- Ícones e formas: linhas retas e bem traçadas podem transmitir seriedade, enquanto formas mais flexíveis e com poucas arestas podem representar uma empresa mais descolada e flexível. Esses elementos são empregados no logo, em ícones, backgrounds, marca d’água e outros elementos visuais que apoiam a sua empresa;
- Papelaria: envelopes, cartões, papéis timbrados, canetas, sacolas, caixas, adesivos, entre outros materiais de papelaria que trazem mais credibilidade à sua empresa e facilitam a identificação do remetente;
- Manual de Identidade Visual: documento que orienta qualquer profissional ou parceiro sobre a sua paleta cromática, as diferentes aplicações do seu logo, os elementos gráficos, o padrão de utilização da marca nos materiais de papelaria e materiais institucionais como uniformes, frota e comunicação interna.
5. Elevar a profissionalização da sua marca para gerar autoridade e confiabilidade
É preciso se diferenciar para atrair um público qualificado e descolar da concorrência. Pesquisas mostram que empresas reconhecidas por crescerem bastante têm cerca de três vezes mais chances de possuírem um grande fator de diferenciação.
Uma das atribuições do designer é orientar a empresa sobre a melhor forma de se diferenciar no mercado (marketing de diferenciação). Alguns pontos que precisam ser explorados neste momento são:
- Veracidade: seus indicadores precisam ser baseados na realidade;
- Relevância: essa diferenciação deve beneficiar o cliente. Se isso não acontecer, então não tem valor;
- Comprovação: não basta dizer que você possui uma qualidade; é preciso prová-la.
Sabe quando uma marca diz que oferece excelentes serviços de atendimento ao consumidor, melhor operação de e-commerce, atendimento agilizado, entre outros quesitos e, quando o cliente testa algum desses pontos, a realidade não é exatamente a mesma coisa?
Uma marca tem que ser profissional e séria para atrair e fidelizar clientes. Quanto mais autoridade ela ganha, melhores são os resultados. O importante é identificar o que a sua marca tem de valioso e como isso pode ser explorado – e disso o designer entende.
A Agência LINA tem designers que podem fazer muito pela sua empresa. Duvida? Conheça melhor o nosso trabalho e veja como a sua marca (seja ela pequena, média ou grande) pode se beneficiar dele.